28/03/2013
Indústria de defesa está otimista com possível desoneração da folha de pagamento

Indústria de defesa está otimista com possível desoneração da folha de pagamento

27 de março de 2013


Com a desoneração, empresas que contribuem ao INSS com 20% da folha de pagamento passarão a pagar de 1% a 2% do faturamento.

BRASÍLIA  Após se reunir nesta quarta-feira (27) com o presidente da República em exercício Michel Temer, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança, Sami Youssef Hassuani, disse que o setor espera ser contemplado com a sanção da Medida Provisória (MP) 582, que prevê a desoneração da folha de pagamento para setores da indústria e de serviços como forma de estimular a economia. Com a desoneração, empresas que contribuem ao INSS com 20% da folha de pagamento passarão a pagar de 1% a 2% do faturamento.

A gente vê isso como algo muito importante para manter empregos de alto nível; manter as Forças Armadas atendidas pela indústria nacional e para a gente continuar competindo lá fora, porque o mercado existe e alguém vai conquistá-lo. Então, que sejam as empresas oficialmente estabelecidas, oficialmente controladas, disse Hassuani. Os competidores internacionais vão ocupar mercado, então, é preferível que a indústria ocupe e esteja a serviço do país, gerando empregos e riquezas aqui no Brasil, defendeu.

A MP enviada ao Congresso previa desoneração da folha de pagamento de 15 setores, mas deputados incluíram mais 33. O adendo que incluiu a indústria de materias de defesa foi feito pelos deputados federais Sandro Mabel (PMDB-GO) e Guilherme Campos (PSD-SP). O Ministério da Justiça recomendou à presidente Dilma Rousseff que vete o texto parcialmente porque a inclusão da indústria de armas prejudicaria a política de desarmamento. O prazo para a publicação da sanção integral ou parcial vence dia 2 de abril.

Segundo o presidente da associação das empresas do setor, no entanto, existe confusão entre segurança pública e indústria de defesa. Associam de maneira pejorativa, mas defesa é um centro de excelência tecnológica. Você vai para os EUA ou França, os grandes desenvolvimentos tecnológicos são feitos na indústria de defesa e isso irradia para a sociedade como um todo. É um setor estratégico e nenhum país descuida, principalmente o país que está crescendo e o país rico, disse ele, acrescentando que o Brasil é visto como um país importante no cenário global com o qual empresas estrangeiras têm procurado parcerias.

Agência Brasil
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