20/11/2014
Senadores querem incluir novas doenças entre as que geram isenção de Imposto de Renda


Senadores querem incluir novas doenças entre as que geram isenção de Imposto de Renda

19 de novembro de 2014

A aposentadoria de quem é acometido por doenças reumáticas, neuromusculares ou osteoarticulares crônicas ou degenerativas – como o lúpus eritematoso sistêmico, a esclerose lateral amiotrófica, a osteoporose e a artrite reumatoide – poderá ficar isenta do pagamento de Imposto de Renda. É o que determina o PLS 315/2013, aprovado nesta quarta-feira (19) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Portadores de doenças como câncer, esclerose, Aids e tuberculose, entre outras, já contam com o benefício.

Os senadores Waldemir Moka (PMDB-MS) e Paulo Davim (PV-RN) apresentaram emendas para incluir a Doença de Huntington e a linfangioleiomiomatose pulmonar entre as passíveis do benefício, o que foi acatado pela relatora, senadora Ana Rita (PT-ES). O autor, Paulo Paim (PT-RS), ressalta a necessidade de amenizar a carga tributária sobre os portadores de mais doenças crônicas além das já asseguradas na Lei 7.713/1988, que trata do IR.

– O não pagamento do imposto será um conforto que garantirá dignidade – disse Paim

A relatora destacou, durante o debate, o alcance social da medida, e observou uma inovação da proposta: a não exigência de gravidade no quadro clínico para a obtenção do benefício. Desta forma, disse, quadros iniciais e leves de osteoporose e artrose permitirão que seus portadores deixem de recolher mensalmente aos cofres do governo uma expressiva parcela de sua remuneração, o que representa mais recursos em mãos para bancar suplementos alimentares, medicamentos e procedimentos aptos a reverter, ou pelo menos estancar, a evolução do processo patológico em curso.

“É a chamada ‘prevenção secundária’, que impede o agravamento de uma doença instalada”, defende Ana Rita no relatório.

O texto também determina que a isenção, concedida após parecer da medicina especializada, possa ocorrer mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma. A matéria segue para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Vigia

O projeto de lei que regulamenta a profissão de vigia autônomo, do senador Jayme Campos (DEM-MT), foi retirado de pauta. O texto condiciona o exercício da profissão de vigia autônomo ao registro junto aos órgãos oficiais de segurança pública dos estados e do Distrito Federal.

Agência Senado
« VOLTAR