Taxação de grandes fortunas não traz muita vantagem, diz Levy
27 de fevereiro de 2015
A taxação de grandes fortunas arrecada pouco e não traz grandes vantagens para a distribuição de renda, disse hoje (27) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Para ele, o aumento do Imposto de Renda em determinados casos tem mais eficácia para aumentar a arrecadação de pessoas ricas.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fala sobre a redução da desoneração da folha de pagamentos (Valter Campanato/Agência Brasil)
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, concede entrevista à imprensa no auditório do ministério, em BrasíliaValter Campanato/Agência Brasil
“A taxação estática de grandes fortunas [quando o imposto incide sobre a riqueza, não sobre a renda] não arrecada muito e não tem muita vantagem. O principal instrumento de tributação é a renda”, declarou o ministro ao ser perguntado sobre propostas de parlamentares de aumentar a taxação de fortunas.
O ministro lembrou que os estados tributam a herança; e os municípios, a transmissão de bens entre pessoas vivas. Ele, no entanto, destacou que doações de dinheiro praticamente não pagam Imposto de Renda.
“Quem recebe uma doação de R$ 1 milhão hoje paga muito pouco de Imposto de Renda. É uma quase renda que não está sujeita à tributação. Existem numerosas combinações e possibilidades que não se restringem ao Imposto sobre Grandes Fortunas”, completou o ministro.
Wellton Máximo – Repórter
Edição: Aécio Amado
Agência Brasil
|