02/03/2015
Taxação de grandes fortunas não traz muita vantagem, diz Levy


Taxação de grandes fortunas não traz muita vantagem, diz Levy

27 de fevereiro de 2015

A taxação de grandes fortunas arrecada pouco e não traz grandes vantagens para a distribuição de renda, disse hoje (27) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Para ele, o aumento do Imposto de Renda em determinados casos tem mais eficácia para aumentar a arrecadação de pessoas ricas.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fala sobre a redução da desoneração da folha de pagamentos (Valter Campanato/Agência Brasil)
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, concede entrevista à imprensa no auditório do ministério, em BrasíliaValter Campanato/Agência Brasil
“A taxação estática de grandes fortunas [quando o imposto incide sobre a riqueza, não sobre a renda] não arrecada muito e não tem muita vantagem. O principal instrumento de tributação é a renda”, declarou o ministro ao ser perguntado sobre propostas de parlamentares de aumentar a taxação de fortunas.

O ministro lembrou que os estados tributam a herança; e os municípios, a transmissão de bens entre pessoas vivas. Ele, no entanto, destacou que doações de dinheiro praticamente não pagam Imposto de Renda.

“Quem recebe uma doação de R$ 1 milhão hoje paga muito pouco de Imposto de Renda. É uma quase renda que não está sujeita à tributação. Existem numerosas combinações e possibilidades que não se restringem ao Imposto sobre Grandes Fortunas”, completou o ministro.

Wellton Máximo – Repórter
Edição: Aécio Amado
Agência Brasil
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