12/08/2015
Adriana Queiroz pediu para sair da PGFN, e não foi dispensada


Adriana Queiroz pediu para sair da PGFN, e não foi dispensada

11 de agosto de 2015

A procuradora da Fazenda Adriana Queiroz pediu para sair do comando da Procuradora-Geral da Fazenda Nacional, e não foi dispensada. Ao contrário do que afirmou reportagem da revista eletrônica Consultor Jurídico publicada na madrugada desta terça-feira (11/8), Adriana já vinha pedindo para deixar o cargo há alguns meses.

De acordo com o texto publicado, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, teria dispensado Adriana Queiroz da chefia da PGFN por entender que “não adianta pedir sacrifícios a todos os ministérios e tolerar menos empenho em seus domínios”. Na verdade, Adriana está de licença médica há alguns meses. Ela deixa a procuradoria-geral, mas continua procuradora da Fazenda.

A procuradora é benquista nos quadros da Procuradoria e é considerada uma pessoa preparada tecnicamente. Sua saída foi automaticamente ligada às recentes manifestações de procuradores lotados em chefias, que abandonaram os cargos em protesto por melhores salários e condições de trabalho.

A reportagem da ConJur insinua que Adriana foi desligada de seu cargo por ter se aliado ao “movimento rebelde”. Embora a procuradora tenha demonstrado empatia pela causa dos colegas, não compactuou com a forma adotada nas manifestações. Em reuniões, chegou a dizer que não entendia a postura dos procuradores.

Ela foi nomeada ao cargo pelo próprio advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que ocupava a PGFN antes dela. Adriana ficou à frente da PGFN por seis anos.

Conforme adiantou a reportagem da ConJur, ela será substituída pelo chefe de gabinete de Joaquim Levy, Paulo Riscado. Dono de um perfil considerado bastante técnico, Riscado foi chefe da PGFN no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda (Carf) por 15 anos.

Pedro Canário é editor da revista Consultor Jurídico em Brasília.

Revista Consultor Jurídico
« VOLTAR