Presidente da CNI afirma, em evento, não aceitar retorno da CPMF

11 de novembro de 2015

Durante seu discurso, na abertura da 10ª Edição do Encontro Nacional da Indústria (ENAI) nesta quarta-feira (11), que tem por tema “Brasil: Ajuste e Correção de Rota para uma indústria mais competitiva”, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, fez um duro discurso contra o Estado para os empresários presentes no evento.

“Rejeitamos as constantes propostas de criação de impostos e de aumento dos já existentes. Não aceitamos de maneira alguma a ressurreição da CPMF”, disse Andrade, que afirmou que o setor produtivo está sobrecarregado de impostos, e completou sua fala dizendo que o setor “não aceita Estado caro complexo e ineficiente. Pela a via do aumento de carga tributária só piora a recessão”.

Para o presidente da CNI, os diagnósticos dos problemas estão à mão, mas é necessária ação e construção de consensos para promover mudanças. “A travessia exige rumo e comprometimento nas reformas. Não podemos deixar que o imobilismo tome conta do Brasil”, destacou.

Segundo Andrade, o país deve ter uma retração de 3% neste ano, afirmando se tratar do pior resultado desde o confisco de ativos financeiros em 1990. “O Brasil é maior que qualquer crise. É importante perspectiva mais ampla sobre atual situação que é grave mesmo.” Andrade destacou ainda que um dos objetivos do Enai é apresentar propostas e sugestões para mudar o país e pediu para que os industriais pressionem os parlamentares para que medidas que melhoram o ambiente de negócios sejam aprovadas. “Somos um grupo muito grande e importante de empreendedores que luta para produzir investir e fazer o Brasil crescer. Isso se faz com ação sobre os representantes do Congresso, pressionando deputados e senadores para criar esse ambiente favorável ao crescimento”.

Valor Econômico