13/06/2008
ALVARO DIAS ANUNCIA QUE PSDB VAI AO SUPREMO CONTRA NOVA CPMF, SE ELA PASSAR NO SENADO

ALVARO DIAS ANUNCIA QUE PSDB VAI AO SUPREMO CONTRA NOVA CPMF, SE ELA PASSAR NO SENADO

Agência Senado (Tributario.net - 12/6/2008)

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) anunciou em discurso que o PSDB pretende apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação direta de inconstitucionalidade contra "a nova CPMF", como é chamada a Contribuição Social para a Saúde (CSS), aprovada pelos deputados nesta quarta-feira (11). Apesar da disposição do partido, o senador acredita que a nova contribuição "não passará no Senado".

Alvaro Dias afirmou que a criação da nova tributação, seis meses depois de derrubada a antiga CPMF, "é um escárnio, um equívoco e uma afronta" à sociedade. Ponderou ainda que se trata de um imposto de "caráter regressivo", pois incidirá em cascata sobre produtos "comprados pelos ricos e pelos pobres".

O argumento dos governistas de que a nova contribuição não afetará as pessoas mais pobres, "que não têm talão de cheque", não é verdadeira, na opinião de Alvaro Dias, pois todas as indústrias e supermercados tenderão a aumentar seus preços por conta da CSS, se ela for aprovada pelo Congresso.

O senador lembrou ainda que o governo defendeu no final de 2007 a continuidade da CPMF dizendo que não poderia perder sua arrecadação de R$ 40 bilhões ao ano.

- Pois bem, a arrecadação está subindo tanto que, mesmo sem a CPMF, o governo contará com uma receita de impostos de R$ 102 bilhões maior que a de 2007 - assinalou.

Essa arrecadação adicional, na opinião de Alvaro Dias, mostra que havia "muita falsidade" quando afirmavam que os senadores iriam desequilibrar as contas públicas se não mantivessem a CPMF.

- A verdade é que nunca se arrecadou tanto imposto no Brasil. Os brasileiros não agüentam mais esta pesada carga tributária. A arrecadação está tão boa que outro dia o governo pediu ao Congresso autorização para repassar ao BNDES 12,5 bilhões de reais para que ele financie projetos em outros países, como o metrô de Caracas, na Venezuela - disse.

Eli Teixeira
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