15/12/2008
Contribuinte pagou 35,31% do PIB em impostos no ano passado

Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2008.
Contribuinte pagou 35,31% do PIB em impostos no ano passado
Fonte: Agência Brasil | Data: 12/12/2008


Brasília - O trabalhador brasileiro pagou 35,31% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de tudo que o país produziu no ano passado) em arrecadação de impostos, contribuições e taxas nos três níveis de governo. Houve, portanto, evolução de 1,27 ponto percentual em relação aos 34,04% de 2006.

Os números foram divulgados hoje (12) pelo secretário adjunto da Receita Federal, Otacílio Cartaxo. Segundo ele, a carga tributária brasileira está na média, comparada à de outros países, uma vez que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) considera a média de 36,73%.

Países como Suécia e Dinamarca arrecadam 50,1% e 49% do PIB (números de 2006) em impostos, respectivamente, mas oferecem serviços considerados de Primeiro Mundo. Há também países desenvolvidos que arrecadam menos que o Brasil, em proporção ao PIB, como Japão (27,4%), Estados Unidos (28,2%), Suíça (30,1%) e Canadá (33,4%).

De acordo com dados da Receita, o PIB brasileiro somou R$ 2,558 trilhões em 2007, com evolução de 9,6% em relação aos R$ 2,332 trilhões arrecadados no ano anterior. Enquanto isso, a arrecadação de R$ 903,64 bilhões cresceu 13,8% na comparação com os R$ 794,12 bilhões de carga fiscal em 2006.

Do total arrecadado 70% foram de responsabilidade da União, 25,6% dos estados e 4,4% dos municípios. O crescimento foi por conta dos tributos federais, uma vez que houve leve redução de arrecadações nos estados e estabilidade nos municípios. No cômputo geral, a evolução foi de 3,91 pontos percentuais nos últimos cinco anos, comparando-se os 35,31% de 2007 com os 31,4% de 2003.

As maiores variações de crescimento da arrecadação de 2007 foram registradas nos tributos sobre a renda (+0,45 p.p.), sobre a folha de salários (+0,37 p.p.)), sobre bens e serviços (+0,33 p.p.), sobre a propriedade (+0,07%) e sobre operações financeiras (+0,06 p.p.). Todos decorrentes da própria expansão econômica, conjugada com aumento da massa salarial e aperfeiçoamento da máquina tributária, acrescentou Cartaxo.

Os números da arrecadação deste ano têm sido crescentes até agora, mas o secretário adjunto evita qualquer prognóstico sobre possível expansão da carga tributária no final do exercício financeiro. Ele disse que não dá para prever e que seria uma temeridade antecipar qualquer coisa, até porque a crise financeira, que chegou à economia real, deve afetar a arrecadação do último trimestre.



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