21/06/2011
Indústria têxtil quer fim do limite do Simples por 30 anos.



Indústria têxtil quer fim do limite do Simples por 30 anos.
20 de junho de 2011 22:590 comentários


Empresários do setor têm reunião marcada com a presidente Dilma Rousseff na próxima quarta-feira (22)

Beth Matias

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) irá negociar com o governo federal o fim dos limites do Simples, por 25 ou 30 anos, para as empresas de confecção em todo o país, independente do porte. A informação foi dada nesta segunda-feira (20) pelo diretor executivo do Programa TexBrasil, Rafael Cervone Netto, na abertura do Salão Moda Brasil, em São Paulo.

O objetivo, segundo ele, é fortalecer o elo mais frágil da cadeia têxtil, que é a indústria de confecção. Sabemos que, se as empresas que produzem vestuário estiverem fortalecidas, todo o setor terá sustentabilidade. Estive há pouco nos Estados Unidos e lá estão discutindo porque não deram atenção às confecções locais.

Segundo Cervone Netto, os empresários do setor terão uma reunião com a presidente Dilma Rousseff na próxima quarta-feira (22), em Brasília. Vamos apresentar várias pesquisas mostrando que diminuir impostos aumenta o número de empregos e a produção nacional. Por enquanto, porém, não posso divulgar esses números.

A cadeia produtiva têxtil possui cerca de 30 mil empresas, sendo 85% delas indústrias de confecção. Dessas, 85% já estão no Simples. Queremos que essas empresas possam crescer e se juntar com outras, como estão acontecendo em outros países, diz o representante da Abit.

A entidade diz que o setor sofre com três gargalos importantes: importação de produtos asiáticos, o que gera competição desigual com os produtos brasileiros, câmbio e custo Brasil. A China exportou no ano passado 70 mil toneladas de vestuário para o Brasil. A Receita Federal tem computado apenas 50% disso. O restante está entrando no país de outras maneiras. Estamos conversando com a Receita Federal sobre isso.
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