Empresas brasileiras correm ao Paraguai
26 de outubro de 2011
São Paulo Em busca de uma alternativa mais barata para produzir, com mão de obra mais barata e carga tributária menor, grandes empresas brasileiras investem e ainda vão investir pesado no Paraguai, com o objetivo de exportar inclusive para o próprio Brasil. Com esta motivação, foi realizado ontem o evento Paraguay Invest, a fim de exibir as vantagens competitivas. Segundo a Red de Inversiones y Exportaciones (Rede de Investimentos e Exportações Rediex), TAM, Camargo Corrêa Cimento, Itaú e Petrobras já desfrutam das benesses subsidiadas pelo governo local.
Oscar Stark, diretor da Rediex, revela que o país vê o Brasil como seu mais importante parceiro comercial. Nosso esforço está praticamente todo concentrado no Brasil. Trabalhamos com a meta de que 50 empresas invistam no Paraguai cerca de US$ 5 milhões cada uma até 20123, afirma.
De acordo com a Rediex, em 2010, US$ 413 milhões oriundos do Brasil foram aportados no Paraguai. O valor expõe um crescimento de quase 300% do que foi registrado cinco anos antes. O país dispõe de dispositivos que diminuem o custo de produção e torna atrativos investimentos em empresas que fabricam artigos de maior valor agregado.
Paralelamente à tendência de busca das empresas brasileiras por novos mercados, os estrangeiros continuam mandando seus dólares ao País. O Banco Central divulgou ontem os números das contas externas em setembro. De acordo com o documento, os investimentos estrangeiros diretos (IED) somaram ingresso líquido de US$ 6,3 bilhões em setembro. Em agosto, o total chegou a US$ 5,6 bilhões. No ano, o ingresso líquido soma US$ 50,5 bilhões. Segundo o Banco Fator, o ingresso de investimentos estrangeiros até o 21º dia de outubro somou US$ 3,4 bilhões.
DCI.
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