03/11/2011
Fazenda Nacional ganha cerca de R$ 13 bi em processos administrativos

Fazenda Nacional ganha cerca de R$ 13 bi em processos administrativos

2 de novembro de 2011 18:060 comentários

Por Bárbara Pombo

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) obteve 160 decisões favoráveis no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) no primeiro semestre do ano, o que totalizou pouco mais de R$ 13 bilhões em créditos tributários que podem ser restituídos aos cofres da União. O valor, no entanto, ainda não é considerado arrecadação porque os contribuintes têm a possibilidade de questionar, na Justiça, a autuação reconhecida no Carf  o tribunal administrativo do Ministério da Fazenda.

Em contrapartida, deixarão de ser arrecadados R$ 5,1 bilhões referentes a 78 processos em que o contribuinte saiu vencedor. Nestes casos, a PGFN não pode recorrer ao Judiciário.

Dos R$ 13 bilhões, pouco mais de R$ 5 bilhões foram reconhecidos a partir de dois recursos julgados, em maio. Em um dos processos, a Petrobras foi condenada a pagar R$ 4,6 bilhões pela retenção de Imposto de Renda na fonte sobre remessas para o pagamento de afretamento de embarcações, realizada entre 1999 e 2002.

Segundo a PGFN, o volume de crédito tributário a favor da União, em 2010, foi de R$ 15 bilhões. Isso representa praticamente todo o montante obtido entre janeiro e junho deste ano.

De acordo com o procurador-chefe da PGFN no Carf, Paulo Riscado, o aumento do crédito é explicado pelo crescente valor das autuações, principalmente, em processos que discutem a legalidade de planejamentos tributários. Os valores crescem porque o foco da fiscalização está no planejamento e também por conta do aumento das receita das empresas, diz.

Além do planejamento tributário  que envolvem discussões sobre reorganizações societárias, remessa de lucros para o exterior e preço de transferência  , questões relativas ao PIS e Cofins não cumulativo concentram os maiores valores de autuações.

Atualmente, 34 procuradores da Fazenda Nacional atuam no Carf, preferencialmente nos processos com valores acima de R$ 10 milhões.

Valor Econômico.
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