22/03/2012
Corregedoria faz diagnóstico de precatórios em São Paulo

CNJ

Corregedoria faz diagnóstico de precatórios em São Paulo


A ministra Eliana Calmon, corregedora Nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entregou nesta quarta-feira (21/3) ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, desembargador Ivan Sartori, e ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, o relatório contendo o diagnóstico da situação do setor de precatórios em São Paulo. A verificação foi feita entre 5 e 9 de março por uma comissão da Corregedoria.

Eliana Calmon informou que a comissão concluiu que não existe nenhuma irregularidade de ordem disciplinar no atraso dos pagamentos das dívidas de precatórios para o tribunal fazer caixa. Há, segundo ela, falhas na gestão do setor de precatórios, que está em desacordo com a Resolução 115 do CNJ e com Emenda Constitucional 62. Com esta emenda, os tribunais ficaram responsáveis pela administração dos pagamentos das dívidas do setor público reconhecidas pela Justiça.

A Emenda 62 judicializou todo o processo de precatório. O que se passava antes no Executivo passou a ser feito dentro do Judiciário e isto está criando embaraços não somente no Tribunal de São Paulo, mas em muitos tribunais, principalmente aos tribunais maiores, explicou a ministra Eliana Calmon. A Emenda 62 trouxe um tsunami sobre os tribunais, afirmou Ivan Sartori.

De acordo com o relatório, há diversos pontos a serem corrigidos para melhorar a administração da área de precatórios. Estou buscando ajuda do CNJ porque o tribunal é muito grande, a estrutura está problemática. Esse relatório que recebi é um relatório detalhado, quero cumprimentar a equipe que esteve lá fazendo o levantamento, disse.

Sartori defendeu a transparência no Judiciário e ressaltou a importância da parceria com o CNJ. Temos o CNJ como parceiro e não como inimigo, esclareceu. A própria ministra Eliana Calmon tem destacado que a Corregedoria Nacional é parceira dos tribunais e corregedorias locais.

Gilson Luiz Euzébio
Agência CNJ de Notícias

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